De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de soja registrou uma forte queda nesta terça-feira, refletindo os dados apresentados no relatório WASDE do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O contrato de soja para agosto de 2024, referência para a safra brasileira, encerrou o dia com uma desvalorização de 2,27%, ou 23,00 cents por bushel, atingindo o valor de $989,00. 

Já o contrato de setembro de 2024 sofreu uma queda ainda mais acentuada, de 2,47%, fechando a $947,25. Outros componentes do complexo de soja também registraram perdas, com o farelo de soja para setembro caindo 2,03%, para $299,80 por tonelada curta, e o óleo de soja caindo 2,87%, fechando a $40,29 por libra-peso.

As perdas foram impulsionadas pela perspectiva de uma supersafra norte-americana, reforçada pelos números do WASDE, que indicam um aumento nos estoques finais, maior rendimento médio e a manutenção da boa qualidade das lavouras nos Estados Unidos. Esses fatores colocaram pressão negativa sobre todo o complexo de soja, com as cotações permanecendo abaixo de $10 por bushel até março de 2025. Nem mesmo uma venda expressiva de 133 mil toneladas de soja para a China foi capaz de conter a queda.

Os contratos futuros de soja, farelo e óleo de soja sofreram baixas significativas, refletindo a visão de que o mercado global pode enfrentar um aumento no volume da safra, o que acaba por pressionar os preços para baixo. Apesar de uma demanda internacional sólida, o aumento da oferta americana deve manter o mercado sob pressão nas próximas semanas. Esse cenário evidencia a importância de monitorar de perto os próximos relatórios de safra e os desdobramentos climáticos.