Os preços do trigo permaneceram sustentados na última semana nos principais estados produtores do Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul e no Paraná. De acordo com levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o avanço da taxa de câmbio — que eleva a paridade de importação — e a perspectiva de uma safra menor têm dado suporte às cotações internas.
Vendedores seguem firmes nas negociações, acompanhando de perto o desenvolvimento das lavouras e, em alguns casos, ainda concentrados na finalização do cultivo da temporada atual. Já os compradores continuam atuando de forma seletiva, aproveitando oportunidades pontuais de mercado e priorizando, quando possível, o trigo importado.
Em São Paulo, no entanto, o cenário foi um pouco diferente. A retração da demanda levou alguns vendedores a cederem nas pedidas, o que resultou em negociações com preços mais baixos em comparação ao Sul.
No campo, o plantio segue praticamente concluído. A semeadura do trigo no Brasil alcançou 91% da área estimada, mantendo-se em linha com o mesmo período do ano passado e com a média dos últimos cinco anos, conforme os dados mais recentes.
A expectativa do setor agora gira em torno das condições climáticas nas próximas semanas, que serão decisivas para o rendimento e a qualidade da safra 2025.