Na última semana, o mercado de soja apresentou uma significativa queda nos prêmios em dois dos principais portos brasileiros. Em Santos, o prêmio da soja (contrato corrente) fechou na média de ¢US$ 89,75 por bushel, representando uma redução de 12,86% em relação à semana anterior. Já em Paranaguá, o indicador registrou uma média de ¢US$ 61,25 por bushel, com uma queda ainda mais acentuada de 19,93% em comparação à semana passada.
Apesar das quedas semanais, os números são animadores quando analisados em relação ao mesmo período de 2024. Os prêmios em Santos e Paranaguá apresentaram um aumento expressivo de 371,05% e 306,76%, respectivamente. Esse crescimento é atribuído à crescente demanda pela soja brasileira, especialmente da China, que tem buscado intensificar suas importações em meio ao conflito comercial com os Estados Unidos.
A alta demanda por soja brasileira reflete não apenas a qualidade do produto, mas também a competitividade do Brasil no mercado internacional. Com a China buscando alternativas para suprir suas necessidades alimentares, o país se tornou um dos principais destinos para a soja brasileira, impulsionando os preços e os prêmios, mesmo diante das recentes quedas.
Os produtores e comerciantes do setor acompanham atentamente essas oscilações, que podem impactar diretamente a rentabilidade e as estratégias de comercialização. A expectativa é que, com a continuidade da demanda externa, especialmente da China, o mercado de soja mantenha-se aquecido, mesmo diante das flutuações de curto prazo.
O cenário atual destaca a importância do Brasil como um player estratégico no mercado global de grãos, e as próximas semanas serão cruciais para entender como esses fatores se desenrolarão e afetarão o setor agrícola.