O mercado futuro de milho apresentou comportamento misto na B3 ao longo da última semana, refletindo a volatilidade entre os vencimentos mais próximos e os de prazo mais longo. Na sexta-feira (20), o contrato para julho/25 encerrou cotado a R$ 63,16, com leve alta de R$ 0,09 no dia, mas acumulando uma baixa semanal de R$ 0,13. Por outro lado, o contrato para setembro/25 caiu R$ 0,44 no dia e R$ 0,71 na semana, fechando em R$ 67,24.
O milho na B3 segue lateralizado nas últimas semanas, destoando das exportações brasileiras, que ainda estão abaixo do ritmo dos anos anteriores.
No mercado internacional, a pressão também foi de baixa. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho foi impactado pelo clima favorável nos Estados Unidos e pelas vendas técnicas dos traders. Apesar das chuvas recentes beneficiarem as lavouras, as previsões de calor e seca na região central dos EUA mantêm o mercado atento.
Na CBOT, o contrato de julho — referência para a safra de verão brasileira — recuou 1,10% no dia, encerrando a US$ 428,75 por bushel. Já o contrato de setembro, referência para a safrinha, caiu 0,82%, fechando em US$ 425,50 por bushel. No acumulado semanal, as perdas foram de 3,54% para julho/25 (queda de 15,75 cents/bushel) e de 0,70% para setembro/25 (recuo de 3,00 cents/bushel).
O cenário externo ainda observa a projeção da consultoria ucraniana Barva Invest, que estima a safra de milho da Ucrânia em 26 milhões de toneladas, um dado relevante para o equilíbrio da oferta global. Na Europa, o FranceAgriMer informou que 83% da safra de milho na França está em condição boa ou excelente até 16 de junho — uma redução de dois pontos percentuais em relação à semana anterior, mostrando que o clima segue como fator chave para os preços internacionais do cereal.