Os preços do milho iniciaram julho nos níveis mais baixos de 2025 em grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Segundo o Centro de Pesquisas, a principal pressão vem do aumento da oferta do cereal no mercado spot nacional, cenário que tem levado os vendedores a flexibilizarem os valores nas negociações.
Mesmo com o ritmo de colheita da segunda safra abaixo do registrado no mesmo período de 2024, o Cepea já identifica dificuldades de armazenagem em algumas regiões, o que tem forçado produtores a escoar o produto de forma mais rápida, contribuindo para a retração nas cotações.
Além disso, a baixa paridade de exportação — reflexo da desvalorização do dólar e da competitividade internacional — também colabora para a pressão negativa sobre os preços internos. A moeda norte-americana encerrou junho com média de R$ 5,53, o menor valor desde o mesmo mês do ano anterior, reduzindo o incentivo para as vendas externas.
Do lado da demanda, muitos compradores continuam operando com cautela, adquirindo apenas lotes pontuais para atender ao consumo imediato, na expectativa de que os preços sigam recuando nas próximas semanas.
Diante desse cenário, o mercado do milho permanece fragilizado, e o comportamento dos preços nas próximas semanas dependerá diretamente do avanço da colheita, da capacidade de armazenagem e de possíveis variações cambiais que possam impactar a competitividade das exportações brasileiras.